18 de abril de 2013

Convite: Lançamento dos livros da família Magnanini

Alceo Magnanini




Leia as sinopses dos livros e saiba mais sobre os autores clicando nas imagens de suas capas, abaixo:


 


​​
A Arte de Sobreviver do Prof. Alceo Magnanini
Data de inclusão -14/05/2013
​​
O nosso querido Dr. Alceo Magnanini, que também dá o nome ao nosso auditório, vai nos brindar com um lançamento especial aqui no Inea, do seu livro “Como você pode sobreviver”. Em linguagem simples são repetidos preciosos conhecimentos básicos sobre acidentes que podem ocorrer em qualquer momento do seu dia.
Além desse livro, Dr. Alceo lançará também o livro “A Casa Velha”, escrito pela sua esposa, que faleceu antes de concluir e, por isso, teve o seu último capítulo escrito pelo marido.
Fizemos uma gostosa entrevista sobre o conteúdo dos livros e convidamos para o evento que será no dia 17 de maio às 11 horas, no nosso auditório, Av. Venezuela, 110 - 6º andar.

I - Por que transmitir conhecimento e experiência através de um livro de sobrevivência?
A.M. - Não acredito em ensinar experiência; a gente ensina conhecimento. Cada um molda a sua experiência. Você pode explicar para a criança não colocar o dedo na tomada porque dá choque, mas isso para ela é algo subjetivo, não é entendido. Agora, se ela colocar o dedo na tomada e levar um choque, nunca mais ela vai colocar o dedo na tomada porque adquiriu a experiência e sensibilidade. Então, com esse livro eu procurei colocar os conhecimentos que fui adquirindo ao longo da minha vida, estudando, comparando, ‘sobrevivendo’ e aprendendo nesses 89 anos de existência.
I - Um ser humano ocupado em sobreviver é um ser humano que vive menos ‘pré-ocupado’?
A.M. - (Risos) Praticamente, ele vai ser ‘pós-ocupado’. Bom, a questão é a seguinte: todo mundo tem certas precauções. Mas todo mundo entra no elevador de olho fechado. E já morreu muita gente por abrir a porta, não olhar o vazio e se precipitar. Ou seja, o hábito - que é uma arma de sobrevivência – pode tornar-se negativo quando a pessoa fica mal habituada. Devemos ocupar o nosso tempo cultivando bons hábitos para podar pensamentos negativos.
I - Diante de todos os acidentes, desastres e desvios do curso da vida, qual o primeiro socorro para aliviar o nosso coração e a nossa mente?
A.M. - Olha, a primeira coisa é saber que não estamos sozinhos. Embora o ser humano seja uma ilha, ele é uma ilha cercada por outras ilhas. Por todos os lados. Por cima e por baixo. Vivemos numa sociedade, portanto o que eu faço é importante, sim. Parece que não, mas é importante. Cada pedrinha constrói um castelo. Agora, se faltar colaboração fica muito difícil construir o castelo.
I - Sobre o livro de sua esposa, a ‘Casa Velha’, como deixou de ser apenas uma ficção para sobreviver à realidade?
A.M. - A minha esposa faleceu em 2005. Ela era geógrafa do IBGE e escritora. Ela tinha feito uma série de contos baseados numa realidade geográfica. No livro ‘A Passagem’, ela descreve a subida dos pioneiros ao Vale do Soberbo para conquistar o planalto, quando ainda no tempo da colônia só se dominava pelas sesmarias a baixada fluminense. Ela chegou a escrever dois livros sobre o tema, só não escreveu o terceiro porque não deu tempo, infelizmente. Nesse meio tempo, como diversão, ela começou a escrever a ‘Casa Velha’, um conto de ficção meio místico sobre as antigas fazendas de café no Vale do Paraíba. Eu colaborei nesse livro como datilógrafo porque a letra dela era péssima (risos). Dessa forma, fiquei a par do que se passava na cabeça dela. Infelizmente, ela faleceu nos últimos capítulos e aí eu resolvi terminar o livro. Então, me encarnei no pensamento dela para escrever o epílogo.
I - Qual foi a maior lição de sobrevivência que o Sr. aprendeu com ela?
A.M. - A relação da minha esposa comigo, com as amigas, com os filhos, com os parentes foi sempre baseada na amizade, um valor fundamental da sobrevivência.
I - Como podemos sobreviver num planeta habitado por 7 bilhões de pessoas que sofre com mudanças climáticas, aridificação e desertificação dos solos, estresse hídrico, desmatamento e acumulo de lixo?
A.M. - Para alguém responder isso precisaria ter uma bola de cristal do tamanho da terra (risos). Na atual marcha da humanidade, tenho que encarar do ponto de vista realista. Eu não sou pessimista nem otimista: sou apenas um especialista em ecologia. Ecologia é o estudo das relações dos seres vivos com o ambiente que o cerca, inclusive o homem. Ao contrário da concepção antropológica e religiosa que alça o homem à condição de Deus, ele não é Deus e não pode viver como um Deus.

Fonte: Intranet do Inea.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê sua contribuição ou opinião sobre a postagem acima:
* ruim
** razoável
*** boa
**** muito boa
***** excelente